Direito das mulheres e injustiça dos homens" e "o quinze": um recorte literário das marcas de gênero sob a ótica feminista.

This critical essay aims at investigating gender marks present in two important literary pieces: Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens [The Rights of Women and the Injustices of Men] (1839), by Nísia Floresta e O Quinze [The fifteen] (1930), by Rachel de Queiroz, belonging, respectively, to two literary movements in Brazil: the Brazilian Romanticism of the 19th century and Modernism in the 20th. To support our work, we have used two theories in order to think about our proposed intent: a comparatist approach and feminist criticism in a gender perspective. We justify this work by the necessity of thinking about the feminist movement in Brazil from all the perspectives that could give credibility to it, therefore, we traced a historical line from the literary schools between Romanticism and Modernism, comparing two literary works. Our main objectives were to study women writing in Romanticism and Modernism in Brazil; to point out the main events that promulgated women writing in Brazilian literature; to trace a comparative reading of the works mentioned above. We have consulted, for this research, Sandra Nitrini’s work on Comparative Literature. On Nísia Floresta, Constancia Lima Duarte (2010) and Paulo Margutti (2019), and, on Rachel de Queiroz, Angela Harumi Tamaru (2004), Edmilson Caminha (2010), Miriane da Costa Peregrino and Victor Hugo Adler Pereira (2012). Our results are shown from a feminist perspective, aiming at amplifying the visibility of the topic and of women’s literature, as it conquered spaces from the 19th to the 20th centuriesEste ensaio crítico tem como finalidade investigar as marcas de gênero presentes em duas importantes obras literárias: Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens (1839), de Nísia Floresta e O Quinze (1930), de Rachel de Queiroz, pertencentes, respectivamente a dois movimentos literários no Brasil: o Romantismo, do século XIX, e o Modernismo, do século XX. Para a realização desse ensaio, utilizamos duas teorias que auxiliaram a pensar as questões propostas: uma abordagem comparatista auxiliada pela crítica feminista sob uma perspectiva de gênero. A justificativa deste trabalho é a necessidade de pensar o movimento feminista no Brasil por todos os vieses que lhe possam dar credibilidade, assim, traçamos um percurso da literatura brasileira entre o Romantismo e o Modernismo, sob uma perspectiva de gênero, realizando um estudo comparado dessas obras literárias. Dentre os principais objetivos destacam-se: estudar o movimento romântico e o movimento modernista no Brasil a partir de uma escrita feminina; pontuar os principais acontecimentos que impulsionaram a insurgência das mulheres na literatura brasileira; e fazer um estudo comparado entre as obras aqui mencionadas. Consultamos, para a pesquisa, a obra de Sandra Nitrini “Literatura Comparada, História, Teoria e Crítica”, de 1997, além disso temos os trabalhos alentados sobre Nísia Floresta de Constancia Lima Duarte (2010) e Paulo Margutti (2019), e sobre Rachel de Queiroz por Angela Harumi Tamaru (2004), Edmilson Caminha (2010), Miriane da Costa Peregrino e Victor Hugo Adler Pereira (2012). Os resultados obtidos são um recorte desses movimentos a partir da ótica feminista, em prol de ampliar os trabalhos a respeito desse tema, amplificando a visibilidade da literatura feminina e as conquistas de espaços feita pelas mulheres escritoras do século XIX e XX